PERTENCE AOS PARTIDOS

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram na quinta-feira (04/10), que o voto dos eleitores pertence aos partidos. No entanto o pedido do PSDB, DEM e PPS, para recuperar os cargos dos infiéis, foi negado. O STF fixou o dia 27 de março, como data limite para a troca de partidos. Aqueles que trocaram de legenda depois desta poderão perder o mandato. Agora deverá ser editada uma resolução por parte do Supremo Tribunal Eleitoral (STE), que discipline os procedimentos a favor da fidelidade partidária e todos os ameaçados de cassação terão direito a ampla defesa. Coube ao ministro Celso de Mello iniciar as avaliações sobre o tema. Para ele a mudança de partido sem uma razão legítima viola o sistema das eleições e frauda a vontade do eleitor. Além de Mello, Carmem Lúcia, Menezes Direito, Cezar Peluso, Gilmar Mendes e a presidente do STF, Ellen Gracie, formaram a maioria vencedora.

A FIDELIDADE CONTRAPRODUCENTE DO PMDB

No embalo da “fidelidade partidária” o PMDB procurou às avessas desvirtuar a prática da “liberdade de expressão” que também é legítima. Na semana passada (04/10) os senadores Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon foram destituídos da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Defensores do afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado e com postura clara contra o governo federal, foram afastados pelo companheiro peemedebista, e líder da Casa, Valdir Raupp. Não há dúvidas que Renan está por traz desta manipulação. Apesar dos pesares Vasconcelos e Simon prometem continuar no PMDB. Esta guerra interna no partido prejudica os planos do governo. O grupo ante-Renan conseguiu derrubar (também na semana passada) a medida provisória que criava a Secretaria de Longo Prazo e cerca de 600 cargos em órgãos públicos. Foi essa rebeldia, capitaneada pelos dois senadores, o estopim para a decisão do partido. Fidelidade Partidária sim PMDB, falta de ética Não.

"É preciso se esforçar para não cair na tentação da infidelidade" - Márcio Garcia

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