As empresas familiares representam até 80% das economias desenvolvidas e em desenvolvimento no mundo. Porém, a sua sobrevivência esbarra em vários fatores importantes, entre eles, a falta de sucessores.
A Distrital Norte da Associação Comercial de São Paulo e o Clube Esperia receberam o especialista Gutemberg Macedo, no dia 26/08, para falar aos empresários sobre a sucessão familiar das empresas.
“A empresa familiar que não se profissionalizar nos próximos anos dificilmente sobreviverá. Ela estará pressionada pela abertura dos mercados, globalização e competição”, afirmou Gutemberg. Segundo ele a empresa nacional se depara com vários problemas que poderão se tornar graves: questões de sucessão, abertura de capital, gestão profissional e educação dos herdeiros.
Dados do SEBRAE revelam que é alto o índice de mortalidade das empresas familiares, 70% não chegam a completar dois anos. As causas mais comuns são: falta de planejamento prévio, incompetência gerencial, dificuldade de obtenção de crédito no mercado, ausência de recursos humanos e tecnológicos e alta carga tributária e pesados encargos sociais.
O consultor destacou a falta de preparo gerencial para a condução dos negócios. “As empresas não fazem planejamento de produção, de vendas, não controlam seus estoques, não treinam seus funcionários, não acompanham a qualidade de seus produtos e não utilizam recursos de informática”, disse Gutemberg.
A empresa deve indicar um único gestor responsável para liderá-la. “A proliferação de acionistas é a principal razão do fechamento das empresas familiares”, afirmou.
Outra dica do especialista é a adoção de políticas que definam e regulem a relação entre os membros da família e os negócios. Política de Desempenho(comprometimento), de Aposentadoria(nenhum membro da família deve ocupar cargo executivo após os 65 anos) e Demissão(a demissão de um membro deve ser conduzida pelo superior imediato, com apresentação de justificativa aos membros da organização).
Para Gutemberg é necessária a preparação de novas lideranças. “Os fundadores de empresas familiares permanecem 30, 40 anos na presidência e não costumam preparar seus herdeiros.Vejam a dificuldade do Grupo Pão de Açúcar na substituição de Abílio Diniz”, observou.
No início do evento, o diretor do Clube Esperia Arnaldo Viana falou aos empresários sobre os benefícios da Lei Rouanet, de apoio a Cultura brasileira.
O encontro foi coordenado por David Fernandes, diretor superintendente da ACSP-Distrital Norte e José Antonio Caltabellotta, vice-presidente Social do Clube Esperia.
Na foto da esquerda para a direita - José Antonio Caltabellotta, Gutemberg Macedo, David Fernandes e Arnaldo Viana
"Nossos filhos são a forma mais segura de atingir a imortalidade."(W.Wyatt).
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