Há anos o processo de desvalorização dos professores se agrava. A profissão, que outrora era sinônimo de respeito, passou a ser um verdadeiro sacerdócio, tamanha são as adversidades. Baixos salários, escolas precárias e falta de segurança, são alguns dos desafios aos “corajosos” que se aventuram a exercer o papel de educador.
Como forma de contribuir para o reconhecimento desta importante categoria, a Associação Comercial de São Paulo prestou homenagem a quarenta e um professores, no último dia 15/10, durante cerimônia no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo.
O evento comemorou, não só o Dia dos Professores, como o 10º aniversário do Marco da Paz. Criado por Gaetano Brancati Luigi, o monumento Marco da Paz já é presença na Argentina, Uruguai, China, México, em várias cidades do Brasil e em breve estará na Itália e Israel.
Luigi nasceu na Itália, durante a 2ª Guerra Mundial. Teve uma infância sofrida pela fome, tristeza e medo. Foi neste ambiente que ele sonhou com uma cultura de paz para o mundo. Em 1999 percebeu a ausência do toque do sino da Igreja do Páteo do Collégio, no centro de São Paulo. Com o apoio da ACSP conseguiu que um sino fosse instalado na torre desta igreja. Nascia aí o “Marco da Paz”, um sonho acalentado por mais de 55 anos.
Todos os professores receberam uma replica do monumento. Pela ACSP-Distrital Norte foram homenageados: Jorge Luiz da Costa, Colégio Maestro Antão Fernandes, Edson Baldi, EMEF Cel. Romão Gomes e Maria Antonieta Carneiro(Tieta), coordenadora pedagógica da Região Administrativa Brasilândia/Freguesia do Ó. Em seu discurso Dimitrie Josif Ghorghiu, diretor 2ºsecretário da ACSP-Distrital Lapa, que na ocasião representava o presidente Alencar Burti, ressaltou a nobreza da missão do professor. Já o vereador Gilberto Natalini disse da necessidade de recuperar a autoestima do professor na sociedade. “Os professores sofrem todo o tipo de agressões, correm risco de vida, principalmente para quem trabalha nas periferias das grandes cidades. Hoje os pais não têm tempo para ver crescer seus filhos e transferiram para os professores a responsabilidade de educar essas crianças”, observou.
Num dos pontos altos da cerimônia a cantora Andréia Bien entoou a canção Amigos para Sempre. Coube a professora aposentada Adozinda Caracciolo de Azevedo Kuhlmann, 93 anos, recitar o poema “Ser Professor” em homenagem aos colegas.
A solenidade contou com as presenças do vereador Claudinho, dos diretores superintendentes das distritais, David Fernandes(Norte), Daniel Gomes Aguilar(Vila Maria), José Alarico Rebouças(Centro), Paulo Soares de Oliveira Junior(Butantã), Gerson Gomez(Ipiranga), Soriano Muller de Mello(Jabaquara), Lys dos Santos(Lapa), André de Souza Peixoto(Noroeste), Eugênio Cantero Sanchez(Penha), Roberto Manin Frias(Pinheiros), Ângela Simões(Sto. Amaro), Antonio Abrão Mustafá Assem(São Miguel), Pedro Rodrigues Silva(Sudeste), José Garris Del Valle(Tatuapé) e Julio Cesar Olivieri(Mooca).
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