Faz 65 anos. Era o final da Segunda Guerra Mundial. A Força Aérea Americana, com as bênçãos do presidente Harry S. Truman lançava sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, a bomba atômica. O Japão foi arrasado.
Apesar dos poucos recursos naturais, das condições restritivas e da devastação de seu parque industrial, conseguiu não apenas se reconstruir, mas tornar-se uma das principais nações industrializadas do mundo.
Já naquele tempo (1945) o Japão convivia com terremotos. Aliás, os japoneses estão acostumados com estes abalos: são mais de mil todos os anos.
Desde a última sexta-feira (11/03/2011) o mundo assiste a agonia dos japoneses, diante do maior terremoto de sua história.
Um tremor de magnitude 8,9 atingiu a região nordeste do país, mais precisamente na cidade litorânea de Sendai, a cerca de 300 km de Tóquio.
O Japão está próximo de duas placas tectônicas: Placa do Pacífico, a leste e Norteamericana, a oeste. A placa do Pacífico está se movendo para oeste e, à medida que isso acontece, arrasta com ela a placa Norteamericana para baixo e para oeste.
Quando o terremoto ocorreu, a placa que estava por cima deu uma guinada para cima e para leste, liberando a energia acumulada enquanto as duas placas estavam em atrito.
Isso mexeu com o leito do oceano, deslocando uma enorme quantidade de água, o que levou a um tsunami de 10 metros.
E mais uma vez o Japão se vê diante de lama, plantações inundadas, destruição.
Há risco de contaminação por radioatividade, devido a explosão da cúpula protetora do reator 3, da usina nuclear de Fukushima.
E para um povo tão acostumado as adversidades será necessário um novo recomeço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário