terça-feira, 5 de julho de 2011

ACSP-DISTRITAL NORTE ENTREGA BANDEIRA PARA EE REPÚBLICA DA BOLÍVIA!!!


da esquerda para a direita: José Cordeiro Neto, Antonio Torres,
Arlindo Picoli, Maria do Carmo e Heliodoro Sá

O diretor da Escola Estadual República da Bolívia, Antonio Torres, recebeu do Conselho Cívico e Cultural da Distrital Norte da Associação Comercial de São Paulo, a Bandeira Paulista, na manhã desta terça-feira (05/07).

Há quase 10 anos, a ACSP-Distrital Norte realiza este evento, que tem o objetivo de lembrar o Movimento Constitucionalista de 1932.

Diante de uma platéia de atenciosas crianças, coube ao diretor Torres lembrar os feitos dos paulistas que lutaram contra a ditadura de Getúlio Vargas e almejavam por liberdade e democracia.

As crinças ouviram atentamente
o diretor Torres

O coordenador do Conselho Cívico José Cordeiro Neto, destacou a atuação do presidente da ACSP Carlos de Souza Nazareth, que na época da Revolução, foi o responsável pela administração do sistema de suprimentos e apoio logístico ao Exército Constitucionalista, permitindo aos paulistas resistirem durante três meses à colossal concentração de tropas e material bélico que a ditadura mobilizou e lançou contra São Paulo.

O major Arlindo Picoli, membro do CC-Distrital Norte, contou a história da Bandeira Paulista e recitou os versos de Guilherme de Almeida, do poema “Nossa Bandeira”. Já o diretor 1ºvice-superintendente George Ayoub, que no ato representava o diretor superintendente João Bico de Souza, se emocionou ao lembrar seus tempos de estudo, na EE República da Bolívia. “Eu não me esqueço desta escola. Aqui eu aprendi muito. Quando um professor entrava na sala, todos levantavam. Temos que ensinar para nossas crianças o respeito ao professor e a escola”, disse Ayoub.

Os alunos ostentaram com orgulho
a Bandeira Paulista

O encontro foi acompanhado pela vice-diretora Maria do Carmo, professoras, funcionários e pais dos alunos.


O que foi o Movimento Constitucionalista de 1932?
Foi quando o povo paulista se uniu contra a ditadura de Getúlio Vargas, desejando resgatar certos valores como liberdade e democracia por meio de eleições gerais e uma nova Constituição para o Brasil. Devido a esses objetivos, o Movimento de 1932 foi chamado de Constitucionalista. Tudo começou em 1930 quando Getúlio Vargas assumiu o poder e suspendeu de imediato a Constituição, dissolvendo o Congresso Nacional. A nomeação de interventores, nos lugares dos governadores, os denominados “tenentes”, provocou ainda mais a revolta do povo paulista, dando-se início as manifestações de rua. O povo andava tão agitado que o dia 23 de maio amanheceu em clima de guerra civil. Neste dia morreram os primeiros heróis: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, cujas iniciais formaram a sigla MMDC. Eles não morreram à toa por São Paulo, pois clamavam por liberdade e pela legalidade. Na noite de 9 de julho do mesmo ano, explodiu a revolução que perdurou alguns meses e logo chegou ao seu fim. São Paulo havia combatido o bom combate, caindo de pé, moralmente vitorioso. Pode ter perdido a batalha, mas não a guerra! Se por um lado fomos derrotados nas armas, por outro saímos vencedores pela disseminação de um sentimento de democracia. A luta e os ideais deste Movimento não foram em vão, pois em 1933 uma assembléia constituinte se forma e já em 1934 é promulgada a almejada Constituição. Portanto, a data de 9 de julho não pode desaparecer no calendário dos que amam a liberdade. Aos que lutaram e morreram, a nossa eterna gratidão!

O diretor 1ºvice-superintendente George Ayoub(ao centro)ficou
emocionado ao lembrar de seus estudos na
EE República da Bolívia

Bandeira do Estado de São Paulo
A Bandeira Paulista originou-se da proposta do escritor e jornalista Júlio Ribeiro, em 16 de julho de 1888, pouco após a Abolição da Escravatura. Foi oficializada mais de meio-século depois. Suas trezes listas brancas e pretas significam a noite e o dia. O cantão vermelho contendo quatro estrelas amarelas, com o círculo branco encerrando o contorno geográfico do Brasil em azul, representa São Paulo pronto para derramar seu sangue em defesa do Brasil, nos quatro pontos cardeais. A adoção desta bandeira pelos paulistas tomou força às vésperas do Movimento Constitucionalista de 1932, como símbolo da luta por um Brasil melhor. Getúlio Vargas durante o Estado Novo suspendeu o uso dos símbolos estaduais e municipais, incluindo a Bandeira Paulista, que só seria oficializada pela Constituição Paulista de 1947, Respeitar, cultuar e reverenciar a Bandeira constitui demonstração de educação e civismo.


A garotada cantou com emoção o Hino Nacional Brasileiro e
o Hino da EE República da Bolívia

Nossa Bandeira
Guilherme de Almeida

Bandeira da minha terra,
bandeira das treze listas:
são treze lanças de guerra
cercando o chão dos Paulistas!

Prece alternada, responso
entre a cor branca e a cor preta:
velas de Martim Afonso,
sotaina do Padre Anchieta!

Bandeira de Bandeirantes,
branca e rota de tal sorte,
que entre os rasgões tremulantes
mostrou a sombra da morte.
Riscos negro sobre a prata:
são como o rastro sombrio
que na água deixava a chata
das Monções, subindo o rio.

Página branca pautada
por Deus numa hora suprema,
para que, um dia, uma espada
sobre ela escrevesse um poema:

Poema do nosso orgulho
(eu vibro quando me lembro)
que vai de nove de julho
a vinte e oito de setembro!

Mapa de pátria guerreira
traçado pela Vitória:
cada lista é uma trincheira;
cada trincheira é uma glória!

Tiras retas, firmes:
quando o inimigo surge à frente,
são barras de aço guardando
nossa terra e nossa gente.

São os dois rápidos brilhos
do trem de ferro que passa:
faixa negra dos seus trilhos,
faixa branca da fumaça.

Fuligem das oficinas;
cal que a cidade empoa;
fumo negro das usinas
estirado na garoa!

Linhas que avançam; há nelas,
correndo num mesmo fito,
o impulso das paralelas
que procuram o infinito.

Desfile de operários;
é o cafezal alinhado;
são filas de voluntários:
são sulcos do nosso arado!

Bandeira que é o nosso espelho!
Bandeira que é a nossa pista!
Que traz no topo vermelho,
o coração do Paulista!

Membros do CC-Distrital Norte e da EE República da
Bolívia em torno da comemoração do Movimento
Constitucionalista de 1932

Serviço:

EE República da Bolívia
Rua Outeiro da Cruz, 571
Jd. São Paulo
Tel. 2976-3141
http://www.eerepublicadabolivia.blogspot.com/
republicadabolivia@ig.com.br

Fonte: parte da matéria tem como fonte o Conselho Cívico e Cultural da ACSP

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