da esquerda para direita: Michel Rocha, João de Favari, Walter Ihoshi, João Bico de Souza, George Abraham Ayoub e Luiz Alberto Pereira |
Bico e Ihoshi |
Bico deu uma verdadeira aula de como realizar
bons negócios com os chineses. Diretor
presidente da Tecnolamp do Brasil (há 20 anos no mercado de iluminação e
acessórios) discorreu sobre sua experiência pessoal, desde sua primeira viagem à
China até se tornar sócio em uma fábrica daquele país.
o auditório da ACSP-Distrital Norte ficou lotado |
“O povo chinês é hospitaleiro como o
brasileiro. Eles conseguem separar muito bem o lado empresarial do familiar. É
importante respeitar suas tradições e não é fácil conquistar a confiança de um
chinês, porém quando se consegue, essa fica para sempre”, disse João Bico.
Um dos primeiros empresários brasileiros a
descobrir o potencial dos chineses (1989) Bico foi o responsável que deu fim ao
monopólio que reinava no mercado de iluminação no Brasil. “Em 1990 tive uma
transação bem sucedida, já na segunda tentativa não fui muito feliz e quase
desisti de continuar trabalhando com a China. Percebi mais tarde que a escolha
equivocada de uma Trading foi a causadora deste mau negócio. Persisti e
consegui uma negociação para trazer para o Brasil cem mil lâmpadas a preços
muito abaixo daqueles praticados pelas potências do mercado. Não tinha
dinheiro. Consegui a confiança de um empreendedor chinês que colocou, acima de
tudo, sua honra no negócio. Foi daí que deslanchamos. Nossa empresa cresceu e
ajudamos a empresa do chinês crescer”, explicou.
Ihoshi quer diminuir a carga tributária sobre os remédios |
Na segunda apresentação da noite, o deputado
Walter Ihoshi falou sobre o funcionamento do Legislativo Brasileiro, em especial,
a Câmara dos Deputados e os projetos que ajudam e aqueles que prejudicam o
empreendedorismo no país.
“O trabalho de um parlamentar em Brasília esta
no Plenário, órgão máximo de deliberação da Casa. Nele se discutem e votam
soberanamente as proposições em tramitação. Já nas Comissões, é o local onde se
busca aprofundar o debate das matérias, por um grupo menor de parlamentares,
antes de elas serem submetidas à análise do Plenário. Nas Frentes Parlamentares
(grupo de membros da Câmara e do Senado) tem sua atuação unificada em função de
interesses comuns, independentemente do partido político que pertençam”,
esclareceu.
Luiz Alberto parabenizou o trabalho de Walter Ihoshi e João Bico |
Ihoshi relatou sobre o projeto que condenava o
uso do código de barras para a aferição do preço dos produtos. “Para um
determinado deputado o código de barras prejudicava o consumidor, pois poderia
burlar os preços. Se aprovado esse projeto traria um grande atraso para o país
e os estabelecimentos teriam que afixar etiquetas individuais de preço em todas
as mercadorias”, advertiu.
Para o Walter Ihoshi, o Supersimples, a criação do
Microempreendedor Individual (MEI) são exemplos de leis que beneficiam a
atividade empreendedora e que nasceram na Associação Comercial de São Paulo.
Outra luta defendida por Ihoshi é a diminuição
da alta carga tributária sobre os remédios. “São 34% de impostos sobre os
medicamentos. A média mundial é de 6%. Itens de menor relevância pagam menos
impostos: Ingresso de cinema 14%, revistas 19%, relógio de pulso 20%,
computador 24%, ursinho de pelúcia 29%, remédio para uso veterinário 13%. Se
você entrar na farmácia espirrando paga mais do que entrar latindo”, observou.
O encontro foi promovido pelas distritais
Norte, Centro e Vila Maria. Os diretores superintendentes George Abraham Ayoub,
Luiz Alberto Pereira da Silva e Michel Wiazowski Rocha prestigiaram o evento. O
coordenador Regional Norte, João de Favari, presidiu a reunião. Favari ressaltou o trabalho de Walter Ihoshi e João Bico de Souza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário