sexta-feira, 6 de junho de 2014

NEGÓCIOS COM A CHINA E EMPREENDEDORISMO NO LEGISLATIVO BRASILEIRO

da esquerda para direita: Michel Rocha, João de Favari, Walter Ihoshi,
João Bico de Souza, George Abraham Ayoub e Luiz Alberto Pereira

A Associação Comercial de São Paulo recebeu nesta quinta-feira (05/06) o deputado federal Walter Ihoshi e o vice-presidente da entidade João Bico de Souza que falaram sobre os temas: Negócios com a China e Empreendedorismo no Legislativo Brasileiro.


Bico e Ihoshi



Bico deu uma verdadeira aula de como realizar bons negócios com os chineses.  Diretor presidente da Tecnolamp do Brasil (há 20 anos no mercado de iluminação e acessórios) discorreu sobre sua experiência pessoal, desde sua primeira viagem à China até se tornar sócio em uma fábrica daquele país.

o auditório da ACSP-Distrital Norte ficou lotado



“O povo chinês é hospitaleiro como o brasileiro. Eles conseguem separar muito bem o lado empresarial do familiar. É importante respeitar suas tradições e não é fácil conquistar a confiança de um chinês, porém quando se consegue, essa fica para sempre”, disse João Bico.

Um dos primeiros empresários brasileiros a descobrir o potencial dos chineses (1989) Bico foi o responsável que deu fim ao monopólio que reinava no mercado de iluminação no Brasil. “Em 1990 tive uma transação bem sucedida, já na segunda tentativa não fui muito feliz e quase desisti de continuar trabalhando com a China. Percebi mais tarde que a escolha equivocada de uma Trading foi a causadora deste mau negócio. Persisti e consegui uma negociação para trazer para o Brasil cem mil lâmpadas a preços muito abaixo daqueles praticados pelas potências do mercado. Não tinha dinheiro. Consegui a confiança de um empreendedor chinês que colocou, acima de tudo, sua honra no negócio. Foi daí que deslanchamos. Nossa empresa cresceu e ajudamos a empresa do chinês crescer”, explicou.

Ihoshi quer diminuir a carga tributária sobre os remédios


Na segunda apresentação da noite, o deputado Walter Ihoshi falou sobre o funcionamento do Legislativo Brasileiro, em especial, a Câmara dos Deputados e os projetos que ajudam e aqueles que prejudicam o empreendedorismo no país.

“O trabalho de um parlamentar em Brasília esta no Plenário, órgão máximo de deliberação da Casa. Nele se discutem e votam soberanamente as proposições em tramitação. Já nas Comissões, é o local onde se busca aprofundar o debate das matérias, por um grupo menor de parlamentares, antes de elas serem submetidas à análise do Plenário. Nas Frentes Parlamentares (grupo de membros da Câmara e do Senado) tem sua atuação unificada em função de interesses comuns, independentemente do partido político que pertençam”, esclareceu.


Luiz Alberto parabenizou o trabalho de Walter Ihoshi e João Bico 


Ihoshi relatou sobre o projeto que condenava o uso do código de barras para a aferição do preço dos produtos. “Para um determinado deputado o código de barras prejudicava o consumidor, pois poderia burlar os preços. Se aprovado esse projeto traria um grande atraso para o país e os estabelecimentos teriam que afixar etiquetas individuais de preço em todas as mercadorias”, advertiu.

Para o Walter Ihoshi, o Supersimples, a criação do Microempreendedor Individual (MEI) são exemplos de leis que beneficiam a atividade empreendedora e que nasceram na Associação Comercial de São Paulo.



Outra luta defendida por Ihoshi é a diminuição da alta carga tributária sobre os remédios. “São 34% de impostos sobre os medicamentos. A média mundial é de 6%. Itens de menor relevância pagam menos impostos: Ingresso de cinema 14%, revistas 19%, relógio de pulso 20%, computador 24%, ursinho de pelúcia 29%, remédio para uso veterinário 13%. Se você entrar na farmácia espirrando paga mais do que entrar latindo”, observou.





O encontro foi promovido pelas distritais Norte, Centro e Vila Maria. Os diretores superintendentes George Abraham Ayoub, Luiz Alberto Pereira da Silva e Michel Wiazowski Rocha prestigiaram o evento. O coordenador Regional Norte, João de Favari, presidiu a reunião. Favari ressaltou o trabalho de Walter Ihoshi e João Bico de Souza. 

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