terça-feira, 4 de setembro de 2018

O fim de 200 anos de História


Fica difícil escrever sobre o incêndio que colocou fim aos 200 anos de história do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, ocorrido no dia 02 de setembro de 2018. Não há dinheiro que pague tanta irresponsabilidade e descaso. Quase 20 milhões de obras, um acervo imensurável, patrimônio da humanidade, virou pó. 

Vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, todos os anos vem sendo ignorado pelos governos, com a frequente diminuição de verbas para sua manutenção. 

Conhecido como Palácio Imperial São Cristóvão, o Museu Nacional, foi residência da família real portuguesa, abrigou a família imperial brasileira, e em junho deste ano completou 200 anos.  Em seu acervo estavam alguns dos mais importantes registros da memória brasileira nos campos das ciências naturais e antropológicas. Luzia, considerada por pesquisadores como o mais antigo fóssil humano já achado nas Américas, com cerca de 11.500 anos, estava no museu. 

Luzia

Como sempre ocorre no Brasil, será mais um crime que ficará impune. O Museu do Ipiranga, em São Paulo, clama por socorro, em 2015, o Museu da Língua Portuguesa, também na capital de São Paulo, passou pela mesma tragédia. Até quando isso irá ocorrer? Como bem disse nosso filósofo Leandro Carnal: "Que memórias teremos para guardar? A crise será suficiente para explicar o crime da falta da manutenção de tudo o que fomos?".






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