da esquerda para a direita: Luis Carlos Ferreira Eiras, diretor 1ºvice-superintendente, João Bico de Souza, vice-presidente FACESP e ACSP e George Abraham Ayoub, diretor superintendente |
A Distrital Norte da Associação
Comercial de São Paulo recebeu na quinta-feira, 14 de julho, o vice-presidente
da FACESP e ACSP, João Bico de Souza. Bico destacou temas como a geração de
empregos e a apatia governamental, principalmente na cidade de São Paulo.
“Temos no Brasil uma das mais
altas tributárias do mundo e nada recebemos em troca. O governo tem sido um
péssimo gestor na administração dos recursos oriundos dos impostos.
Infelizmente nos portamos como um elefante acorrentado, não sabemos a força que
temos”, afirmou.
O vice-presidente falou ainda
sobre as faixas de ônibus, radares, Guarda Civil Metropolitana e ciclovias. “Temos
seis mil homens na GCM, salário base R$1.200,00 podendo a chegar a R$1.600,00,
homens e mulheres totalmente desmotivamos.
Como vivemos na cidade mais segura do Brasil, podemos tirá-los da frente
das escolas, de nossas ruas, para ficarem nas marginais apenas multando
motoristas que trafegam acima dos 50 quilômetros por hora. Esse é apenas um dos
lamentáveis exemplos de nossa atual administração”, disse.
Para Bico, as soluções para a
cidade de São Paulo são mais simples que se imagina. Falou que dentro da
Associação Comercial de São Paulo existem estudos e projetos, dos mais diversos
setores: Economia, Polícia Urbana, Socioambiental, Novos Negócios, elaborados
pelos maiores especialistas do país, de forma voluntária.
Empregos – Para a geração de empregos, o vice-presidente acredita
que a única solução neste momento, para alavancar novos pontos de trabalho e
financiar projetos de infraestrutura é a adoção de parcerias público-privadas,
chamadas de PPPs. Trata-se de um contrato, em geral de longo prazo, entre um
governo (federal, estadual ou municipal) e uma entidade privada, no qual essa
entidade se compromete a oferecer serviços de infraestrutura. “No meu setor,
iluminação, existem no Brasil quase 7.000 municípios e somente 4 PPPs assinadas
hoje. Uma delas é a Tecnolamp, que tenho a honra de dirigir. Eu pesquisei,
estudei e consegui fazer uma”, explicou.
O vice-presidente informou que em média o processo
das PPPs leva 2 anos para ser concretizado. “O processo de PPPs pode ocorrer em
vários setores: Saúde, Educação, Transporte Público, Rodovias, etc. Ele só pode
ocorrer com montantes acima de 30 milhões e está em estudo para baixar para
projetos de 15 milhões. Existem duas formas, na primeira o município provoca a
abertura de um projeto numa determinada área, com o respectivo valor. As
empresas interessadas apresentam os projetos. Na outra forma, a empresa se
apresenta para realizar serviços em determinado setor e pede autorização para a
Prefeitura. Após a autorização, a Prefeitura abre concorrência com critérios de
avaliação, para que outras empresas participem do processo. Até aqui é tudo
risco, isso é negócio de empreendedor, são projetos caros. Esse projeto tem
primeiramente que ser técnico, durar 30 anos, ter viabilidade econômica,
financeira e logística. Num país como o Brasil, com todas as intempéries
políticas e econômicas, é uma verdadeira obra de arte”, orientou.
Para Bico, existem milhares de
empresas que querem investir no Brasil, mas esbarram nos altos custos da
operação e principalmente na legislação, em especial das agências reguladoras. Observou que logo após a posse do presidente
Michel Temer, um de seus primeiros atos foi regulamentar as PPPs. Criticou a
atual forma de concessão dos serviços de iluminação pública em São Paulo, para
um único grupo. “Corremos um grande risco. No mínimo a cidade deveria ter 4
empresas atuando, nas regiões Norte, Sul, Leste e Oeste, por exemplo”, disse.
Projeto Urbanístico - Apresentou projeto urbanístico para
revitalização do centro de São Paulo, com a instalação de containers removíveis
implantados aos finais de semana e feriados, para proporcionar encontros
culturais, de lazer, de modo a incentivar a abertura de bares, restaurantes,
bibliotecas, museus, na região central da cidade.
O encontro foi presidido pelo
diretor superintendente George Abraham Ayoub.
Fotos: Madalena Valadão
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