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Joe Biden e Donald Trump (Foto BBC) |
Parafraseando um ex-presidente brasileiro: jamais na história daquele país os norte-americanos se envolveram tanto com a eleição do novo presidente. O pleito traz de um lado o atual presidente Donald Trump (Partido Republicano) do outro, Joe Biden (Partido Democrata).
Nos EUA os eleitores podem votar antecipadamente (o pleito
foi marcado para essa terça-feira 03 de novembro), no entanto mais de 100
milhões de votos já haviam chegado pelos correios. Um recorde histórico.
Sobre essa possibilidade de votar através dos correios é
interessante relatar. Nos EUA o voto não é obrigatório e em 28 dos 50 estados,
os votos têm de chegar até o dia da eleição para serem contatos. Nos demais, há
alguns dias adicionais para serem recebidos para apuração.
Donald Trump tem alardeado que irá aos tribunais caso não
vença a disputa. A maior queixa do presidente é a questão dos votos pelos
correios, que segundo ele, pode ocorrer fraudes. Acontece que o próprio Trump já
se utilizou desse meio para votar. Outro ponto é que quem instituiu o voto pelo
correio foi o republicano Abraham Lincoln (16º presidente – 1861 / 1865). A
justificativa foi de incluir os soldados das Forças Armadas americanas envolvidos
em combates, dando-os oportunidade para que também participassem dos pleitos. Essa
estratégia foi dita como responsável para ter chegado à Casa Branca.
As pesquisas mostram um favoritismo do candidato Biden, mas
até o fechamento dessa matéria a eleição seguia indefinida. A se basear na
eleição anterior, onde os institutos davam como certa a vitória da democrata
Hullary Clinton, é melhor Biden não colocar ainda, as asas para fora.
E o Brasil?
A eleição americana chama muita atenção porque traz consequência
mundial. A maioria dos países são impactados com a economia americana. Os Estados
Unidos são a nação mais rica do mundo e produz quase 25% de bens e serviços. Quando os norte-americanos estão bem, o mundo
segue bem. Hoje, uma outra potência ameaça essa soberania: a China.
O Brasil, com a atual política de se declarar abertamente em
apoio ao candidato Donald Trump fica numa situação constrangedora. O Brasil
sempre agiu de forma imparcial em questões com outros países. Essa decisão de
Jair Bolsonaro já trouxe consequências desagradáveis. Hoje o país é visto pelos
vizinhos como uma embaixada americana na América do Sul. Hoje o Brasil não é uma solução americana na
região, faz parte do problema.
Vejamos o exemplo do
Etanol:
Em setembro, o Brasil renovou a tarifa zero para importar
187,5 milhões de litros de etanol dos EUA. Essa ação foi em consequência da possível
retaliação do presidente americano, que defendeu a eliminação de todas as taxas
sobre o etanol que os EUA vendem para o Brasil. Acontece que esse mesmo
presidente (Trump) esquece que o etanol brasileiro que chega ao solo
norte-americano é taxado em 140%.
Outro exemplo que o tiro de Jair Bolsonaro tem saído pela
culatra, e que “puxação de saco” não tem dado resultado, é a questão do aço
brasileiro. Donald Trump autorizou a redução da importação do nosso aço em tem
dificultado o produto entrar em terras norte-americanas.
E agora, como ficamos se Joe Biden for o novo presidente
norte-americano? O que fará o mito Jair Bolsonaro? Será que Bolsonaro esqueceu da velha máxima: países não têm amigos, países têm interesses?
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