quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Animais Silvestres são destaque no encontro do Conseg

 

mesa das autoridades

A tenente Luiza Martins, Polícia Militar Ambiental e o subinspetor Anderson Vasconcelos Viana, Guarda Civil Metropolitana Ambiental, foram convidados para falar sobre a presença de animais silvestres no ambiente urbano. O encontro foi realizado no dia 22 de novembro, no auditório do Colégio Amorim Santa Teresa. 

O presidente do Conseg, Rubens Lopes, esclareceu que a região, especialmente Vila Guilherme, tem presenciado animais silvestres vagando pelas ruas e praças. Comentou que numa destas ocasiões, seu tio ficou por horas na frente de um Saruê (gamba de orelha preta) protegendo, pois as pessoas queriam tirar a vida do animal. Afirmou ainda a presença de Jacu (ave de porte médio). "Então a presença das policiais ambientais irá trazer a orientação de como devemos agir diante destes animais" explicou o presidente. 

Tenente Luiza Martins – Polícia Militar Ambiental – Esclareceu que animais silvestres não tem interação com os seres humanos e muitas vezes são as pessoas que invadem seus territórios. Disse que na Primavera é o período de reprodução destes animais e eles vão procurar lugares para cuidar de suas crias. Explicou que a Polícia Ambiental somente irá agir se o animal estiver em perigo ou machucado, caso contrário irá orientar para que o munícipe se afaste, e logo o próprio animal se sentirá incomodado e procurará outro lugar para ficar. Falou que a maioria dos animais silvestres não irão causar problemas, exceto animais peçonhentos. Salientou que muitas vezes esses animais vão atrás do lixo doméstico descartado irregularmente pelas pessoas. Afirmou que matar, perseguir, caçar, apanhar e utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, é crime ambiental, artigo 29, da Lei 17.70, Município de São Paulo, pena de detenção de seis meses a um ano e multa.  Informou os telefones: 190 – Policia Militar, 153 GCM Ambiental, nos casos de animais feridos e ou a presença de animais peçonhentos.

Os munícipes acompanharam atentamente as orientações

Subinspetor Anderson Vasconcelos Viana – GCM Ambiental - Indagado sobre a atuação de um munícipe que alimenta pombos no meio da rua, o subinspetor Viana disse que alimentar os pombos não é crime. No entanto, essa pessoa pode ser enquadrada no crime de desordem (limpeza pública). Ele poderá ser autuado pela Subprefeitura local. Disse que em caso de pombos existem empresas especializadas que conseguem afastar as aves e esterilizam o local. Alertou para não agir por impulso, com uso de venenos, pois isso pode ter consequências mais graves, do que a própria presença dos pombos. O manejo deve ser feito por empresa especializada. O uso de veneno por conta própria pode causar a seguinte situação: o pombo morre, vem seu cachorro ou gato, come o pombo. Com certeza irão morrer também. Explicou que a demanda com relação aos animais silvestres neste período é muito grande. Falou que o efetivo é reduzido, são duas viaturas para realizar os atendimentos e os manejos dos animais. Ressaltou a degradação ambiental na cidade com o corte de árvores, tirando muitas vezes o habitat de uma ave, animal, entre outros. Discorreu sobre a onda de calor na cidade e que a falta de árvores intensifica o problema. Disse que o calor impacta tanto as pessoas como também os animais.

Helio Shlomo – CADES*-Vila Maria – Alertou os munícipes que no último levantamento de 2022 foram catalogadas 1332 espécies silvestres na cidade de São Paulo, destas, 223 estão em extinção. Disse que é de competência das autoridades constituídas, zelar, proteger e gerar políticas públicas, bem como a aplicação da lei vigente, em sintonia com o artigo 225 da Constituição Federal. Ressaltou que a partir de agora teremos a presença de eventos naturais extremos e somente com as mudanças de hábitos, poderemos minimizar os impactos. Estudos recentes indicam que algumas tragédias já são irremediáveis. Destacou que bairros como Vila Guilherme, Jardim Brasil, Vila Sabrina, entre outros, são áreas próximas a zona de amortecimento da Serra da Cantareira, o que por si só nos faz conviver com vizinhos da fauna silvestre. Disse que quando o ser humano caça, apreende e destrói seu habitat natural, obrigando-os a adentrar no meio urbano e correr toda sorte de perigo. Salientou que quando se corta uma árvore, prejudicamos milhares de espécies da nossa avi fauna. Quando se impermeabiliza o solo, contribuímos com o aquecimento e alagamentos. Quando se permite o descarte irregular, surgem as doenças e pragas urbanas. Afirmou que há tempo para o ser humano acordar e adotar uma postura melhor diante a imensidão desse planeta. (*Conselho Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável).

O Conseg abrange os bairros de Vila Guilherme, Jardim São Paulo, Santana e adjacências. 

A mesa das autoridades foi composta por: delegado dr. Paulo Sergio Silva, representou a dra. Karla Regina Teixeira, delegada titular do 9ºDP, subinspetor Anderson Vasconcelos Viana, GCM-Ambiental, tenente Luiza Martins, PM-Ambiental, conselheira Penha Aparecida Moreira, Conselho Tutelar de Vila Maria/Vila Guilherme, Helene Aparecida de Souza, representou a Subprefeitura de Santana/Tucuruvi, Marcelo Pinheiro, chefe de gabinete da Suprefeitura de Santana/Tucuruvi, assessor Hugo  Valério, CET, assessor comunitário, Karl Marx, SPTRANS, Helio Shlomo, Cades-Vila Maria e Evandro Gilio, Casa Civil da Prefeitura de São Paulo.



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