CONSEG - Universo feminino é destaque na reunião do Conselho de Segurança

Mesa das autoridades

O Conselho Comunitário de Segurança de Vila Guilherme, Jardim São Paulo, Santana e adjacências realizou encontro no dia 18 de outubro, no auditório do Colégio Amorim Santa Teresa. Na oportunidade da conscientização do "Outubro Rosa", outros temas foram abordados do universo feminino.

Dulce Ferreira - coordenou a reunião

O encontro foi coordenado pela diretora social Dulce Ferreira.

-Dependência química no universo feminino -  Kariana Roldan e Priscila Carrier discorreram sobre a importância do trabalho na Irmandade Narcóticos Anônimos. Falaram que tiveram problemas com drogas e há muito tempo não fazem mais uso de qualquer substância que altere seus comportamentos. Comentaram sobre o prazer em usar drogas e a falsa sensação de bem estar. Explicaram que o consumo iniciou quando eram jovens e este foi crescendo dia a dia. "A pessoa fica iludida imaginando esconder dos outros que não usa drogas, mas a realidade é que todos acabam sabendo". Disseram que a ilusão de ser aceito(a) em determinado grupo faz o(a) dependente usar desta aceitação para mascarar suas dores e frustações. O(a) dependente além de desestruturar sua vida acaba abalando a vida de toda a família. Orientaram que o pedido de ajuda é o primeiro passo para a recuperação. Expuseram a dificuldade quando a mulher é dependente e tem filhos. Sem ter onde deixá-los, como participar dos encontros de recuperação? Explicaram que dentro de Narcóticos Anônimos têm o Grupo Evas que proporciona essa possibilidade, da mãe levar seus filhos nos encontros. 

Dra. Mariú Casseli

SAE - DST - HIV / AIDS - Desinformação, preconceito e tratamento atual - A dra. Mariú Casseli falou que as pessoas ainda têm dúvidas sobre o que é AIDS e o que é HIV. Explicou que o HIV é o vírus e a AIDS a síndrome. "É engano a pessoa pensar que se tem o HIV irá morrer. Com o tratamento a pessoa pode viver normalmente", afirmou. Ressaltou que a cidade de São Paulo recebeu um selo que há 3 anos não nascem mais crianças com o HIV, isso por intermédio de ações para que o HIV não se propague. Disse que hoje o coquetel, que todos imaginam ser um grande número de remédios, resume-se a dois comprimidos. Ainda sobre o processo para barrar o HIV foram desenvolvidos medicamentos: PEP, que pode proteger da infecção do HIV depois de uma exposição de risco, como por exemplo, sexo sem preservativo, quando o preservativo rompe, sai, ou em caso de violência sexual. A PEP deve ser iniciada 72 horas depois da exposição. PREP, consiste no uso diário de medicamentos antirretrovirais para pessoas soronegativas antes de uma exposição de risco ao HIV. O PREP é indicado para quem se expõe muito: profissionais do sexo, por exemplo e ou casais sorodiferentes, ou seja, quanto um tem o HIV e o outro não. Informou que a ONU estabeleceu uma meta que até 2025 seja possível detectar 90% das pessoas que tem o HIV, destas pessoas, 90% precisam estar em tratamento e 90% destas que estão em tratamento precisam estar indetectáveis, isto é, não vão mais transmitir.  A psicóloga falou do preconceito que ainda impera na sociedade. "As pessoas marginalizam, abandonam as pessoas que tem o HIV. Qualquer pessoa pode estar com o HIV e nem sabe, mas no momento que é feita essa descoberta, o preconceito e a discriminação predominam", afirmou.  

Jadelin Ayadne - assistente social 

UBS - Jardim Leonor - Outubro Rosa - Conscientização para prevenção contra o câncer de mama - A assistente social Jadelin Ayadne explicou que o Outubro Rosa é um movimento de conscientização da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Disse da importância do autocuidado e dos serviços prestados pelas Unidades Básicas de Saúde. Falou que além do câncer de mama, outro alerta importante é sobre o câncer do colo do útero. Tanto um como o outro, as estratégias de prevenção e o autocuidado são fundamentais para proteger a saúde da mulher. Afirmou que o câncer de mama é o mais  comum e o que mais causa morte no público feminino. Ressaltou quea realização de exames anuais deve fazer parte da rotina da saúde das mulheres. "A detecção do câncer de mama pode ser feito por exames: ultrassom, mamografias e outros. Já no caso do câncer do colo do útero o exame preventivo é o Papanicolau", orientou. Disse que muitas vezes a violência leva muitas jovens não saber tocar o seu próprio corpo e isso se propaga para a vida adulta. "A questão cultural da procriação, colocada como obrigação da mulher, precisa de um debate muito maior sobre o uso do corpo da mulher. Quando se ensina a criança, desde bem pequena, quando vai limpar a menininha, abre suas perninhas, é necessário pedir licença", ponderou. Observou que quando a mulher sabe se tocar, se olhar, ela vai conseguir detectar um nódulo, algo estranho no seu corpo. Destacou que as UBS têm equipes multidisciplinares. "O remédio não resolve tudo. Temos que mostrar um projeto de vida para essas pessoas. Um projeto terapêutico", finalizou. 

No encerramento, a diretora Dulce falou do trabalho do presidente Rubens Lopes, Disse de sua dedicação, empenho e acolhimento das pessoas. 

A mesa das autoridades foi composta por: dr. Milton Gomes de Oliveira, 9ºDP, capitão Rafael Victor Messias Tavares, comandante da 4ª Cia. do 5º BPM/M, inspetor de divisão comandante Jaime Lima dos Santos, Guarda Civil Metropolitana, Marcelo Pereira Guido, Subprefeitura Vila Maria/Vila Guilherme, Alessandra Silva, Subprefeitura Santana/Tucuruvi, conselheira Penha Aparecida Moreira, Conselho Tutelar de Vila Maria/Vila Guilherme, assessor Hugo Valerio, CET e assessor comunitário Karl Marx, SPTRANS.