segunda-feira, 29 de agosto de 2016

ACSP-Distrital Norte debate a situação dos Moradores de Rua


da esquerda para a direita: Antonio Manoel Esteves, subprefeito Santana/Tucuruvi,
Jeronimo de Souza Andrade, supervisor de Assistência Social de Vila Maria/Vila
Guilherme e George Abraham Ayoub, diretor superintendente ACSP-Distrital Norte


A Distrital Norte da Associação Comercial de São Paulo realizou na quinta-feira, 25 de agosto, encontro com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social, sobre a situação dos moradores de rua, especialmente no bairro Santana e região. O supervisor de Assistência Social de Vila Maria/Vila Guilherme, Jeronimo de Souza Andrade, representou a secretária Luciana Temer.



Jeronimo disse que existem em São Paulo cerca de 15 mil moradores em situação de rua. Os principais locais ocupados por essa população são o Centro, a Mooca e em terceiro lugar vem Santana. O supervisor destacou que quando o morador de rua está dentro dos abrigos da Prefeitura não há problemas, mas nada impede que eles fiquem perambulando pelas ruas. “Muitas pessoas não buscam os abrigos pela generosidade das pessoas, empresários, religiosos, que nas madrugadas passam com alimentação, cobertores e até dinheiro”, afirmou. Para o agente é louvável esta ação, mas isso incentiva que o morador de rua permaneça ali debaixo do metrô e não busque o abrigo.
Para Jeronimo, outro ponto que atrapalha a vida destas pessoas é o acesso fácil às drogas. “Na própria entrada do abrigo da Av. Zaki Narchi existe um grupo que não entra no local. Eu gostaria de saber por que eles não entram? A Polícia Militar, as forças de segurança precisam intervir neste sentido”, observou.


Antonio Esteves, Jeronimo Andrade, George Ayoub, João de Favari, vice-presidente,
coordenador Regional Norte, Antonio Leitão, Instituto Longevidade e Antonio
Carlos Stefano, diretor 2ºvice-superintendente 

Centro de Acolhida - O Centro de Acolhida da Zaki Narchi é equipado com sabonetes, escovas e pastas de dentes, toalhas, local para lavar roupa, armários, refeitório e camas. Aproximadamente 500 homens entram às 16h e saem às 8h da manhã, parte deste grupo trabalha. No segundo ciclo, as assistentes sociais analisam a situação deste morador e verificam se ele tem alguma dependência de droga ou álcool. Ele é convidado a participar de cursos e tratamentos. Nesta fase o funcionamento é de 24 horas, o centro fica sendo como sua casa. No terceiro estágio é a porta de saída. É o momento daquele cidadão conseguir uma nova ocupação ou um emprego para se auto sustentar, ou voltar para a família.

Jeronimo Andrade - supervisor de Assistência Social 


O subprefeito de Santana/Tucuruvi, Antonio Manoel Esteves, informou que cada morador de rua que fica debaixo do metrô de Santana recebe em média 15 quentinhas por dia e a maioria se perde é jogada fora. “Ali debaixo de metrô virou um ponto de disputa entre eles. Todos querem ficar ali, pois ali recebem seus donativos e esmolas. Somente um morador de rua me relatou que recebeu 27 cobertores”, disse. O subprefeito acredita que os Centros de Acolhida deveriam ter um número reduzido de pessoas e distribuídos pela cidade.
Para o vice-presidente, coordenador Regional Norte, João de Favari, a Zona Norte virou um depósito de coisas ruins e o poder público não tem tomado providências. “Quando eu fui diretor superintendente desta distrital lutamos para que a Zona Cerealista não viesse aqui para a Av. Zaki Narchi, hoje vejo que seria melhor que viesse”, analisou.

No início da reunião, o diretor do Instituto Longevidade Antonio Leitão apresentou projeto que facilita a participação das pessoas com mais de 50 anos em iniciativas nas áreas de trabalho e cidades.  
O encontro foi coordenado pelo diretor superintendente George Abraham Ayoub.

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